A pervinca forma frequentemente nos bosques vastos tapetes perpetuamente verdes de onde surgem, a partir de Fevereiro, curtos ramos sustentando flores solitárias com corolas de um raro azul. É a flor dos feiticeiros e dos poetas e, na Idade Média, fazia parte da composição dos filtros de amor. A sua utilização em medicina é também muito antiga: Agricola, em 1539, aconselhava-a para o tratamento de anginas, e Mattioli, em 1554, para as hemorragias nasais. Durante muito tempo acreditou-se na sua eficácia para o tratamento de doenças pulmonares. Efectivamente, a pervinca é um óptimo tónico amargo, justificando-se o seu uso para tratamento de anemias vulgares, convalescenças difíceis ou falta de apetite. Modernamente, as investigações detectaram a acção de um alcalóide extraído da pervinca, a vincamina, que faz baixar a tensão arterial e dilata os vasos, pelo que foi imediatamente incluída no arsenal terapêutico. Além disso, certas substâncias extraídas de uma espécie exótica de Vinca demonstram actualmente grande utilidade na luta contra diversas formas de cancro.
Propriedades: Adstringente, anti-diabético, anti-lactagogo, hipotensor, vasodilatador, vulnerário.
Uso Tradicional: Anemia, enxaquecas, dificuldade de concentração, diabetes, hipertensão, vasodilatador e vulnerário.
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