Xenotransplantes
Definição, evolução e controvérsia ligada aos transplantes realizados entre espécies, abrangendo os problemas clínicos e éticos da operação.
Biomedicina nos Media
A Medicina é, hoje em dia, um dos temas mais mediáticos, seja no que toca ao surgimento de notícias ou no sensacionalismo em que se traduzem Filmes e Séries de televisão.
Biodiversidade
É graças à diversidade natural que nos rodeia que o ser humano foi capaz de descobrir, desenvolver e aperfeiçoar técnicas de medicina cada vez mais eficientes e acessíveis.
Medicamentos
Comprimidos, antibióticos, xaropes, cápsulas, tudo o que se possa imaginar que é usado no quotidiano para combater doenças tem origem na vida e na variedade da natureza que nos rodeia.
Plantas e Medicina
O começo do uso da biodiversidade na medicina surgiu com a utilização de plantas desde cedo por parte dos seres humanos, que ao longo dos tempos aprendeu a distinguir as suas propriedades.
Investigadora portuguesa apoia xenotransplantes
Hematófagos ajudam na recolha de amostras sanguíneas
Using animals to assist with human medical procedures is nothing new. Leeches can help heal skin grafts by restoring circulation in blocked veins and removing pooled blood under new grafts. Maggots will clean a wound by eating only the dead tissue, thereby aiding in preventing infection. Now, an insect commonly known as the kissing bug is being put to work in zoos in Germany and England as a living syringe.
Collecting blood samples from zoo animals can prove to be a difficult task, often requiring sedation. Small animals are especially tricky because finding a vein from which to draw blood can be nearly impossible. The kissing bug solves those problems—it's any one of 130 species of small, blood-sucking insects belonging to the sub-family Triatominae. Like most blood-suckers, the kissing bug releases a painreducing enzyme when it bites, effectively anesthetizing the area at the same time as the bite. The bug is at the center of a pilot project in two zoos in the UK under the umbrella of a study which originated in Germany. The insects are bred in a sterile lab, then put against an animal's hide under a container in which they are caught when they have finished feeding. They are ultimately killed to collect the blood samples. The technique is so far proving to be a welcome non-invasive alternative.
Texto retirado de BBC.com
Pulmões de porcos geneticamente modificados abrem lugar a xenotransplantes
With the world facing an organ shortage so serious that the majority of potential transplant recipients die while on waiting lists, doctors have looked to similarly sized animal organs as a potential alternative to human donations. Unfortunately, the human body swiftly rejects animal organs. Animal lungs have proven especially problematic, as they stop functioning as soon as they com in contact with human blood.
Now, researchers at Alfred Hospital in Melbourne, Australia, have used genetically modified pig lungs to successfully pump human blood. Since pig organs are essentially the same size and shape as human organs, this advance could drastically increase the number of lungs available for transplant.
The lungs themselves were created at St. Vincent's Hospital, also in Melbourne. There, doctors removed DNA, known as the Gal gene, known to hinder inter-species compatibility. At Alfred Hospital, the doctors hooked the lungs up to artificial breathing machines, and watched as deoxygenated human blood pumped through the pig lungs, and came out oxygen rich on the other end.
However, even though this advance represents a series leap forward, the scientists themselves to expect to begin clinical trials of the new technique for at least another five to ten years.
Texto retirado de AFP
Ética nos transplantes entre animal-ser humano discutida pela Academia Britânica
When former President Bush mentioned human-animal hybrids during a State of the Union speech in 2006, most of the audience probably sat scratching their heads for a second. However, in the years since then, transplanting human genes into animals, whether to make better milk or study human diseases, has become a bigger and bigger issue.
Now, a year after English scientists implanted human stem cells into bovine egg cells, Britain's Academy of Medical Sciences has launched a study to determine the ethics of creating human/animal hybrids. The study hopes to mark out the boundary past which genetic mixing becomes unethical. Over the next year, the study will investigate what percentage of DNA constitutes a human, as well as looking at other issues like the creation of human stem cells from animal eggs and the implantation of human cells into animal bodies.
While most people support implanting a single gene for a human disease into a primate for the sake of research, the level of unease rises as the genome becomes more and more mixed. Certainly, with the technology available to create a 50/50 split hybrid, this field calls into question how we define ourselves in particular, and species at large.
Texto retirado de Reuters
Peixes-médicos
A espécie tem habitat nas bacias dos rios das áreas setentrionais e centrais do Médio Oriente, nomeadamente os rios Jordão, Orontes, Tigre e Eufrates. Também em rios e lagoas da Turquia e norte da Síria. A sua exploração comercial é protegida por lei na Turquia, devido a recear-se uma captura excessiva para exportação. Os Garra rufa podem ser criados num aquário doméstico; ainda que não seja um peixe para principiantes, é bastante robusto. Para tratamento de doenças de pele, as espécimes de aquário não serão as mais adequadas, pois o seu comportamento de se alimentarem de pele manifesta-se apenas em condições de alimentação escassa e irregular.
Implante de células animais em humanos é aprovado pela primeira vez
A diabetes tipo 1 ocorre quando as células produtoras de insulina do pâncreas são destruídas. Sendo assim, as pessoas que sofrem da condição têm que injectar insulina em sua corrente sanguínea para regular seus níveis de glicose. Isso pode causar oscilações de açúcar no sangue, que por sua vez podem levar a outras complicações. O xenotransplante russo envolve a inserção de células produtoras de insulina de porcos, revestidas com uma capa protectora, no pâncreas humano, a fim de substituir as células nativas esgotadas lá.
O tratamento reduz a necessidade de injecções de insulina. A camada protetora de algas marinhas evita que o sistema imunológico do paciente ataque as células animais “estrangeiras”. Apesar de ser aprovado na Rússia, o tratamento foi desenvolvido pela Living Cell Technologies, na Nova Zelândia. Nos testes realizados até agora, o tratamento se saiu razoavelmente bem. Seis dos oito pacientes diabéticos apresentaram melhora e foram capazes de reduzir as suas injeções diárias de insulina. Dois deles absolutamente não precisaram mais de injecções.
Porcos podem ser a salvação de diabéticos
No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca e destrói as células de ilhotas produtoras de insulina no pâncreas. A empresa de biotecnologia MicroIslet Inc., em San Diego, Califórnia, está desenvolvendo um tratamento em que as ilhotas suínas produtoras de insulina são implantadas no peritônio (membrana fina que reveste a cavidade abdominal) de uma pessoa, a partir de um cateter externo, passando por um tubo inserido no estômago.
“Os transplantes de ilhotas humanas também podem funcionar, mas o método não representa uma oportunidade comercial, em razão do acesso limitado ao pâncreas [alguém precisa morrer para se obter as células],” afirma Keith Hoffman, membro da diretoria da MicroIslet. Essa escassez significa que “milhões de pessoas” não têm acesso aos transplantes de ilhotas que poderiam colocar a diabetes sob controle, ele acrescenta. No método de encapsulamento das células da MicroIslet (desenvolvido pela Duke University), as células de ilhotas suínas são isoladas do sistema imunológico humano com a ajuda de um escudo de alginato (um agente espessante derivado das algas marinhas), de modo que possam produzir insulina quando necessário sem serem destruídas por anticorpos humanos. Substâncias como a insulina, a glicose e o oxigênio são capazes de se passar livremente pelo alginato.
A MicroIslet não é a única companhia que está pesquisando um tratamento para o diabetes por meio de xenotransplante (transplante entre espécies) encapsulado. A empresa de biotecnologia australiana Living Cell Technologies, Ltd. está testando ilhotas suínas neonatais encapsuladas em gel de alginato, o DiabeCell, que também podem ser transplantadas para o tratamento de pacientes com diabetes que dependem de doses de insulina. O primeiro paciente do DiabeCell recebeu o implante em junho de 2007, e este ano a empresa planeja concluir seu ensaio clínico na Rússia. Já MicroIslet pretende levar adiante esse procedimento, melhorando a durabilidade das ilhotas microencapsuladas de modo que resistam à rápida deterioração (embora permitindo que se mantenham plenamente sensíveis), para com isso ampliar o intervalo entre os implantes. A MicroIslet adverte que, embora acredite que o xenotransplante possa ser uma solução terapêutica para milhões de diabéticos em todo o mundo, provavelmente não substituirá as injeções de insulina para todos os portadores da doença. O transplante pode não ser adequado para alguns diabéticos e outros talvez tenham que continuar a tomar as injecções (embora com menos frequência).
A insulina de porco é uma boa candidata para o xenotransplante em humanos, pois se diferencia da insulina humana em apenas um único aminoácido. Embora a Food and Drug Administration (FDA), órgão de controle de remédios e alimentos dos Estados Unidos, tenha aprovado os xenotransplantes de órgãos suínos, ainda não está claro por quanto tempo essas novas ilhotas conseguirão se manter funcionais no organismo humano, afirma Hoffman. “Se durarem de seis meses a um ano, seria possível fazer o tratamento nesses intervalos”, explica.
Chá Verde
Alguns trabalhos científicos evidenciam que pode prevenir cancro por causa dos flavonóides que evitam a mutação celular. O chá verde possui uma grande quantidade de tanino que, junto com potássio e manganês, podem proteger artérias e veias, agindo no sistema circulatório. Seu poder adstringente acelera o metabolismo e ajuda na queima de gorduras por causa da “catequina”, polifenóis e cafeína (teofilina). Esse processo adstringente evita também a formação de cáries e tártaro.
Perda de biodiversidade ameaça avanço da medicina
O mundo corre perigo de perder novos tratamentos médicos para câncer, osteoporose e outras doenças se não agir rapidamente para conservar a biodiversidade, disse um representante das Nações Unidas na quarta-feira, 23. Organismos do planeta Terra oferecem muitos produtos químicos naturais com os quais médicos podem desenvolver novos remédios - mas muitos desses organismos estão ameaçados de extinção, disse Achim Steiner, director executivo do programa ambiental da ONU (Pnuma).
"Nós temos que fazer algo a respeito do que está acontecendo com a biodiversidade", disse Steiner. "Nós devemos ajudar a sociedade a entender o quanto já dependemos da biodiversidade para fazer nossas economias funcionarem, nossas vidas, e, mais importante, o que nós estamos perdendo em termos de futuro potencial."
Steiner estava anunciando as conclusões de um novo livro médico, nos bastidores da conferência, realizada em Singapura, Empresas pelo Meio Ambiente. Cerca de 600 executivos e especialistas em meio ambiente fizeram parte da reunião de dois dias que acabou na quarta-feira, 23.
O livro Sustaining Life (Vida Sustentável, em tradução livre) é baseado no trabalho de mais de 100 especialistas e é financiado por diversas organizações, incluindo o Pnuma, disse Steiner. Seus principais autores são da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard.
"Por causa da ciência e da tecnologia, estamos em uma posição muito melhor para revelar o potencial da natureza, encontrado em tantas espécies", disse. "Ainda assim, em muitos casos, veremos que já o perdemos antes de termos conseguido usá-lo."
Ele mencionou o exemplo da rã descoberta nas florestas tropicais australianas nos anos 1980. A fêmea protege os filhotes em seu estômago. Estudos preliminares mostraram que os filhotes produziam substâncias para se protegerem das enzimas e ácidos digestivos da mãe - o que levou a novas ideias sobre como tratar as úlceras humanas, acrescentou. Entretanto, a rã foi extinta, segundo o livro.
Ano passado, a lista vermelha das espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza, com base na Suíça, listou mais de 16 mil espécies.
Steiner disse que o livro olha para sete grupos de organismos ameaçados por valor médico potencial ou conhecido: anfíbios, ursos, caracóis, tubarões, primatas não-humanos, caranguejos e gimnospermas, um tipo de forma de vida vegetal.
Diversas drogas como a Taxol, amplamente usada no tratamento contra o câncer, foram isoladas nas gimnospermas. Os pesquisadores do livro acreditam que devam existir muitas outras possibilidades ainda.
Eles também acreditam que alguns ursos possam produzir uma substância que poderia evitar a osteoporose.
Xenotransplantes: conclusões
- Clínicos, rejeição por parte do hospedeiro dos órgãos ou tecidos do doador , que neste caso será um animal; aparecimento de doenças de origem não humana, em que o surgimento de vírus letais poderá ser catastrófico;
- Éticos, em que se por um lado há quem veja o xenotransplante como meio para prolongar a vida e melhorar a qualidade da mesma, por outro há quem pense que o homem não tem qualquer direito de utilizar os animais em seu próprio benefício. Coloca-se também o problema do tipo de animal usado e do uso de espécies em vias de extinção.
- Económicos, como uma técnica em desenvolvimento, implica grandes investimentos.
O xenotranspante necessita de uma grande concentração de forças, das quais se destacam as económicas e científicas. Será necessário muito tempo e estudo para a investigação e para o controlo clínico, como por exemplo: programas de vacinação, prazo de vigilância médica para os pacientes, suas famílias e equipas médicas que directamente estiveram envolvidas.
Só depois dos riscos associados com possíveis transmissões de doenças infecciosas e de difícil tratamento estarem devidamente controladas é que será ético começar a experimentação clínica em seres humanos. Quando isso acontecer, os xenotransplantes só deveriam ser aplicados em pacientes humanos quando os resultados sugerissem que esta operação teria hipóteses razoáveis de ser bem sucedida. Mas será de extrema importância que os doentes dêem o seu consentimento livre e sejam devidamente informados de todo o processo.
É de grande importância o aparecimento de precauções e leis para todo o processo que envolva a transplantação de órgãos de animais para humanos. Sendo assim, é necessário a criação de um corpo competente e conhecedor, que seja independente das equipas de investigação que trabalham com esta técnica. Um exemplo seria a criação de um conselho consultivo para o xenotransplante. Este deveria combinar o conhecimento científico e médico necessário para examinar todos os protocolos que se relacionassem com este assunto.
Além tudo aquilo que já foi mencionado anteriormente, existe ainda outro problema, que é a falta de informação ao público em geral, relativamente a possíveis preconceitos ou medos. Existe por isso uma grande responsabilidade dos investigadores, dos media e de todos aqueles que são responsáveis por informar a sociedade, em dar a conhecer correctamente o problema.
Por todos estas razões, será ainda muito cedo para vermos esta técnica como um meio de salvar as nossas vidas, mas com certeza algo a pensar no que diz respeito às gerações futuras.